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Home » ALINHADA COM NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO DE ALMOÇO FORA DE CASA, OFICINA DE COSTURA LANÇA BOLSA TÉRMICA PARA MARMITAS
Bolsa térmica para marmitas com lugar americano é o mais novo lançamento da Oficina de Fios, Tecidos e Costura
Conjunto faz parte da nova linha da Oficina e é fruto do trabalho em equipe das artesãs.
Por Larissa Biondi
Feitos artesanalmente na Oficina Fios, Tecidos e Costura, a bolsa térmica em conjunto com o lugar americano são os novos produtos confeccionados por um grupo de artesãs portadoras de transtornos mentais ou dependentes de substâncias químicas, que encontram no artesanato e no trabalho em grupo, a geração pessoal de renda e a possibilidade de inclusão social, principais objetivos do Armazém das Oficinas.
produto foi confeccionado por grupo de artesãs
O ambiente na Oficina de Tecido é alegre e agitado. Artesãs como Elke Cristina Mariano e Adélia Nenov Filha encantam com a simpatia e explicam, detalhadamente e com entusiasmo, o passo a passo das bolsas térmicas e dos lugares americanos, originados a partir da necessidade de criar algo novo, como afirma Flávia Cherotti, coordenadora da oficina: “Eles são muito apropriados dos processos que acontecem aqui, dos porquês, de como surge a demanda, a necessidade de criar um produto novo, […] aí a gente sempre tenta conciliar algo que é bem vendável com algo que eles tenham a habilidade de fazer, que a gente consiga construir aqui, então a bolsa térmica surgiu num contexto como esse.”
QUALIDADE foi CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA LANÇAMENTO
Os primeiros produtos foram feitos com feltro no lugar da manta acrílica. No entanto, devido à sua qualidade mais baixa, o feltro foi substituído pela manta. O que não quer dizer, porém, que haja desperdício. Orgulhosa, Adélia conta que cada tira de tecido é aproveitada: nunca é perdido pra você ganhar. Tem que pensar em tudo na hora […] tudo é aproveitado no rolo de pano”.
Os trabalhos feitos pelas artesãs são vendidos e parte do lucro é revertida em renda para cada uma delas. O trabalho em equipe e a geração de renda promovem inclusão social das artesãs, que afirmam não faltar em dia de trabalho: “eu gosto muito de vir aqui, venho todo dia” conta Elke, que trabalha na oficina já há quatro anos. Com Adélia, artesã há três anos, não é diferente: “eu não vim segunda e terça porque eu não passei muito bem. Pra mim é a morte, parece que o mundo acaba, não é a mesma coisa você ficar em casa, crochetar, ler, não é a mesma coisa”.
Produção reflete importância do trabalho como instrumento de inclusão social
Sobre o trabalho e as amizades, as duas não economizam elogios:
“aqui pra mim é um trabalho muito importante. Depois daqui eu me reestruturei, eu sou bem mais calma, bem mais concentrada e eu gosto muito do serviço daqui. Gosto muito, mesmo. Eu nunca trabalhei fora, eu nunca tive um serviço fora, então aqui eu me realizo, eu gosto muito da companhia dos meus amigos, dos monitores, coordenadores, tudo. Eu gosto muito” conta Elke.
“Particularmente, eu me orgulho do pessoal que eu trabalho. Eu me orgulho de tudo o que eu faço aqui dentro, acredito que todo mundo se orgulha. E eu tenho uma ajuda muito grande de todos. A cada término parece que você ganha um troféu” acrescenta Adélia.
A confecção dos produtos como um todo a partir do trabalho em grupo, promove não só a inclusão social, como também contribui com o aumento da autoestima dos artesãos. De acordo com Adélia, trabalhar e fazer seu artesanato a faz se sentir útil, diferentemente de quando ela fica dentro de casa. Embora lide com os desafios da valorização do trabalho artesanal, ela não deixa de se orgulhar do que faz e comenta sobre o assunto: “é um mundo diferente, é um mundo muito diferente. Um mundo que eu acho que todo mundo devia conhecer e dar mais valor pra nós.
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